quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Cicatriz

Sem alinhavo,
Sem mais costura,
Uma cicatriz.
Lembrança de um caminho,
Ponto a ponto.
Fim da cruz,
Fim da tortura,
Ainda tontura.
Fantasmas da morte.
Muita sorte.
Preciso ir!
Sair da clausura,
Ilusão segura,
Medo de partir.
Um copo de veneno entre as pernas,
Cicuta difícil de ingerir.
Morrer pra descrenças internas,
E a preguiça de seguir.
Pra onde vai minha alma?
O que ela quer de mim?
Minha mente se embaralha,
Quando só quero ouvir.
Quero sentir me mais feliz.
Alma minha estou aqui!
O que fazer? Me diz!
Afasta de mim o cálice,
Da insegurança de partir.
Por onde ir nessa densidade?
Alma minha, quero sim te seguir!

Elaine Barnes

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