sábado, 31 de julho de 2010

Apêndice


Ah, esse conflito que obstrui a felicidade,


Esse medo sem maldade,

Esse bloqueio sem verdade...



Esse sapato velho sem utilidade,

Tantas coisas banais...

A decomposição das fibras vegetais,

Um dec de fezes mentais!



Mágoas trancadas,

Portas fechadas,

Sem vazão...

Sem perdão!



Um apêndice em explosão,

Sem função,

Perdido num ego de ilusão,

Agora jaz, agora jaz, agora jaz!



Verme pendurado,

Remoto, pré-histórico!



Invasão de estafilococos

Exigindo mudança.

Nova conduta mental,

Desbloqueio da vida,

Escolha de um novo ideal.

Coragem mansa, andança,

Sem tribunal.

Confiar na dança,

Da lembrança tribal!

Dançar com o medo

Em uma canção alto astral.

Confiar o temido segredo,

Expondo em partitura musical.


31/07/2010

Sobrevivência

 Fugi das encrencas,

De qualquer evidência,

Que estivesse ali.

Encolhi-me na coxia,

E fora da cena,

A corda eu subia.

Sem ver que sofri,

Dentro dessa covardia,

Eu nem aparecia.

Pintei a vida de boazinha,

E da maldade me escondi.

Do borralho fui a cinza,

Cinderela na fantasia,

De um baile que nem vi.